Houve um tempo em que as empresas adotaram uma abordagem centrada em produto, com foco em desempenho. Depois, elas migraram para uma estratégia centrada no cliente, concebida para priorizar a experiência. Hoje, a dinâmica é mais complicada. Até que as companhias parem de simplificar demais seus clientes e comecem a aceitar que eles são pessoas multidimensionais, em constante mudança e profundamente impactadas por forças externas imprevisíveis, elas se verão desnorteadas.
Elas precisam colocar a vida no centro.
Empresas com a vida no centro entendem profundamente as diferentes circunstâncias que moldam as vidas dos clientes e entregam as soluções mais relevantes para esses contextos. Companhias que abraçam uma abordagem centrada na vida – que leva em consideração o lado humano do consumidor, seus diferentes jeitos de ser e as circunstâncias imprevisíveis que entram em jogo – estão mais bem posicionadas para prosperar no futuro.
Para colocar a vida no centro, as empresas precisam fazer três coisas:
- Enxergar os clientes de forma completa
Nossa pesquisa mostra que, à medida que os consumidores abraçam a autoconfiança e aceitam a inevitabilidade dos paradoxos, eles quebram todas as convenções. Ao focar apenas em modelos estáticos de segmentação e esperar uma jornada do consumidor linear, as companhias assumem um risco de não enxergar os insights mais profundos que regem comportamentos – e a habilidade para criar novas relações e valor.
Para avançar, o caminho é examinar, de forma holística e dinâmica, quem os clientes são e o que motiva seus comportamentos – e tratá-los como mais que meros compradores de produtos.
- Criar soluções para cenários mutáveis
Empresas centradas na vida estão preparadas para se adaptar e entregar opções relevantes de produtos e serviços que assimilam as forças que influenciam seus clientes.
Avalie seus clientes usando dois fatores-chave: tempo e controle. Em processos de tomada de decisão, considerações baseadas em tempo (necessidades de curto prazo versus de longo prazo, urgente versus cronogramas sem restrições) podem mudar, mas sempre moldam como os consumidores fazem suas escolhas. Também é crucial entender quanto controle o consumidor quer ter. Às vezes o desejo é por algo muito específico (muito controle); outras vezes, há margem para a inspiração e novas ideias (pouco controle).
Dar opções que combinam valores e prioridades de novas maneiras vai fazer sentido para consumidores que estão reavaliando o que querem e o que precisam. Em última instância, as companhias precisam abandonar a ideia de uma solução universal para todos os produtos e serviços e se concentrar em opções flexíveis.
- Simplificar para ter relevância
Em meio à pressão das circunstâncias da vida e do caos do dia a dia, o que os clientes mais precisam é de simplicidade. Eles são atraídos pelo que vence o ruído do cotidiano e facilita a tomada de decisões – e, por consequência, simplifica a vida. Empresas que querem se manter relevantes precisam achar jeitos de abrir caminho para que os consumidores vivam com mais facilidade.
Para fazer isso, as organizações podem focar em dados, inteligência artificial e inputs de especialistas para ajudá-las a criar conexões entre as necessidades de seus clientes e as circunstâncias que os influenciam. Ao mesmo tempo, precisam simplificar seu funcionamento, sendo implacáveis na hora de priorizar e evoluir.
Leia o relatório completo para conhecer exemplos de empresas que praticam a abordagem life centricity.